Vivemos em um
mundo de muitas cobranças. Somos cobrados por nossos filhos, maridos, esposas,
chefes, amigos, etc.. Somos cobrados até por pessoas que nem conhecemos, pois
com a era da informática, os nossos nomes estão por aí através das redes
sociais e outros serviços de informações. E por causa dessas cobranças, nós
corremos muito atrás dos resultados. Precisamos pagar as nossas contas,
precisamos colocar nossos filhos em escolas melhores, precisamos de uma casa
melhor e maior, um carro do ano, roupas de marca, sapatos de grife, bolsas,
carteiras, comidas, viagens ... precisamos! e por aí vamos nos perdendo em
nossos anseios e devaneios.
O mundo exige cada vez mais de mim e de você. E
nesse afã de ter, esquecemos de ser. Esquecemos que a vida é mais gostosa
quando experimentamos do que ela nos oferece com simplicidade, equilíbrio e
sabedoria. Isso não quer dizer que devemos fazer votos de pobreza; que não
devemos ter as coisas, quero dizer que
precisamos prestar atenção para aquilo que temos de maior valor: a vida. E não
apenas a nossa vida, mas a vida do próximo também, pois somos todos, feitura
máxima de Deus. Somos a coroa de Sua criação. Criados à Sua imagem e
semelhança. Deus se alegra quando valorizamos a vida. JESUS certa vez ensinando
seus discípulos falou: - Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier
a perder-se ou causar dano a si mesmo? (Lc 9:25).
Salomão, rei de
Israel, considerado o homem mais rico de toda historia bíblica, quando caiu em
si, depois de um encontro íntimo com Deus, declarou que tudo que conquistou foi
pura vaidade (Ec 2: 1-11).
Estamos nos
aproximando de uma data importante do calendário cristão: O Natal. Natal que
tem significado de nascimento de Cristo em nossas vidas, de renovação de vida,
de comunhão, de reflexão. Porém, essa data foi desvirtuada pelo mundo
mercantilista, levando pessoas a agirem de forma irrefletida, ou porque não dizer,
de forma insana. Pessoas explorando pessoas sob o pretexto de que metas
precisam ser alcançadas. Fiquemos atentos caros irmãos, para não cairmos nas
armadilhas que são colocadas ano após ano,
e, por incrível que pareça, continuamos sendo fisgados porque somos mais
inclinados ao Ter. Ter é mais cômodo, pois exige das nossas próprias forças,
por exemplo: a nossa força braçal ou intelectual. Já o Ser, exige do nosso
interior, do caráter forjado pelo Espírito de Deus.
Um dos textos
que considero oportuno nesse momento para reflexão de todos, está registrado no
livro de São Mateus capítulo 6 versículos 25 a 34. Que diz o seguinte:¨Por isso, vos
digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou
beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais
valiosa do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves
do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai
celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual
de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar alguns centímetros à sua
estatura?. E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como
crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos
afirmo que nem Salomão, em toda sua gloria, se vestiu como qualquer deles. Ora,
se Deus veste assim a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançada ao
forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos
inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos?. Ou: Com que vestiremos?
Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste
sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu
reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto,
não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados;
basta ao dia o seu próprio mal.¨
Teólogo